quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

1º Argumento - Aborto: Sim ou Não

Na base de toda a  discussão sobre a legalização do aborto esteve e continua estar  um problema de ética  -  este acto é moralmente reprovável ou não?

Na minha opinião toda esta discussão seria verdadeiramente desnecessária se os valores e o respeito pela vida não fossem postos em causa, coisa que acontece a cada momento nesta era que chamamos de “ERA TECNOLÓGICA” e também porque as questões de excepção em relação ao aborto estavam já contempladas na lei ( violação, gravidez em menor, má formação do feto) bem como o prazo limite para o fazer.

Permito-me no entanto tecer alguns comentários pessoais em relação a todo este processo.
O ideal seria que cada gravidez fosse planeada e desejada para que pais e crianças possam crescer felizes e em harmonia. Mas quantos casos não há de crianças que não foram planeadas, nem desejadas e que acabam por ser um bênção e,  outros casos,  em que as crianças são desejadas e planeadas mas quando nascem se tornam um peso e um incómodo, sim porque ser pai e mãe é sinónimo de dedicação, tempo, sacrifício, …!

Todos nós sabemos que a diversidade de contraceptivos é cada vez mais vasta mas que não há ainda nenhum que seja 100% seguro, o que significa que há sempre uma pequena probabilidade da mulher engravidar.  Se isto acontecer, e todos sabem que pode, ninguém tem relações sexuais sem num ou noutro momento pensar que daí pode resultar uma gravidez! Ficará na consciência de cada um tomar a decisão.

Há quem defenda que o feto não é ainda um ser humano… !?! Talvez, mas é sem dúvida um ser vivo e indefeso que não pediu para nascer nem para morrer.
 
Como é óbvio, o aborto não deverá ser o recurso para resolver una gravidez indesejada,  a prevenção continua a ser a forma mais lógica , se bem que não 100% segura, para o evitar. Quando falamos em aborto centramos os n/ pensamentos num ser indefeso, sem capacidade de escolha , mas não pensamos muito nas consequências, físicas, psicológicas e emocionais que isso poderá ter na mulher, seja ela jovem ou não.


Penso que podemos resumir toda esta discussão a um lema -   “ liberdade com responsabilidade”- este lema aplica-se a tudo na vida. A liberdade não pode ser vista apenas como uma forma de facilitismo, mas sim como um direito que em democracia permite a cada individuo  tomar de forma consciente, responsável e adulta as suas decisões e as suas opções, sabendo que terá de arcar com as consequências.

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